Dor lombar sem ressonância: quando ela entra (e quando não)
- arianearaujovieira
- 22 de set.
- 2 min de leitura

Dor lombar sem ressonância: quando ela entra (e quando não).
Dor nas costas assusta. A reação comum é solicitar uma ressonância logo no início. Mas, na maioria dos casos sem sinais de alerta, o primeiro passo mais efetivo é condução clínica, movimento orientado e alívio seguro — e, em casos selecionados, a neuromodulação periférica pode acelerar a melhora da dor.
O que avalio primeiro
Início e padrão da dor, impacto nas atividades, sinais de alerta (febre, perda de força, alteração de sensibilidade no períneo, perda de controle urinário/fecal, trauma importante, histórico de câncer, perda de peso inexplicada), rotina e carga mecânica, além do que já foi tentado. A imagem é reservada quando muda a condução.
Déficit neurológico progressivo; suspeita de síndrome da cauda equina; febre ou sinais sistêmicos; trauma significativo; ou dor que não melhora com condução adequada nas primeiras semanas.
Neuromodulação periférica: onde ela se encaixa
A neuromodulação periférica utiliza estímulos elétricos de baixa intensidade em pontos e trajetos específicos para modular a percepção de dor e reduzir espasmos. Ela não substitui a etapa clínica nem o fortalecimento, mas pode ser um acelerador para recuperar mobilidade e quebrar o ciclo dor–tensão–imobilidade.
Indicações usuais (seleção individual): lombalgia mecânica aguda ou subaguda sem sinais de alerta; dor miofascial paravertebral; espasmo reativo; persistência de dor apesar de analgesia básica.
Contraindicações/cautelas: gestação, portadores de marca-passo/DFI, áreas com feridas ou infecção local e outras situações avaliadas caso a caso.
Como é na prática: sessões curtas, com parâmetros definidos em consultório, associadas a orientação de movimento. Objetivo: reduzir a dor para permitir que você volte a se mexer com segurança e inicie o plano ativo.
Linha inicial que costuma resolver
Clareza sobre o diagnóstico funcional; analgesia racional quando necessária; progressão de mobilidade e fortalecimento; ajustes ergonômicos e de rotina. A neuromodulação pode ser agregada como ponte entre a dor intensa e o retorno ao movimento.
Exemplo prático (anônimo)
Homem, 48 anos. Crise de lombalgia após dia de reuniões. Sem sinais de alerta. Condução: analgesia simples, protocolo de mobilidade, ajustes na estação de trabalho e pausas programadas. Acrescentadas 2 sessões de neuromodulação periférica para reduzir espasmo. Melhora em 10 dias, retorno pleno em 3 semanas. Sem ressonância.
Para levar:
Na dor lombar comum, o foco é condução clínica e movimento. A ressonância entra quando muda a conduta. A neuromodulação periférica é uma ferramenta útil, no caso certo, para reduzir dor e destravar a reabilitação.
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