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Polifarmácia: quando muitos remédios começam a atrapalhar (e como reduzir com segurança)

  • Foto do escritor: arianearaujovieira
    arianearaujovieira
  • há 7 dias
  • 2 min de leitura

Perigo de muitos remédios


Tomar muitos remédios, polifarmácia, não é sinônimo de cuidado. Em pessoas com várias doenças e consultas com profissionais diferentes, é comum que as medicações se somem — e os sintomas aumentem. Tontura, sonolência, quedas, confusão, pressão instável e dor que não melhora podem ser consequência de prescrição em excesso ou de associações mantidas sem revisão ao longo do tempo.


Quando liga o alerta: queda recente, tontura ao levantar, piora da memória, sonolência excessiva, instabilidade da pressão, boca seca, visão turva, constipação, inchaço, ganho de peso sem explicação ou falta de ar após ajuste de medicações. Outro sinal é quando a pessoa tem muitos comprimidos e horários, mas não consegue explicar o porquê de cada um.


Revisar não é simplesmente “cortar remédio”. É conduzir um processo técnico, estruturado e gradual. Primeiro, faço a lista ativa de tudo o que a pessoa toma (inclusive chás, gotas e vitaminas). Depois, confiro indicação atual, dose, horário, duplicidades e interações. Por fim, elaboro um plano de desprescrição quando há benefício em reduzir — sempre respeitando prioridades clínicas, com monitorização e retorno programado.



Exemplos práticos (resumo):


  1. Idoso com tontura e quedas: redução gradual de sedativos noturnos e ajuste do anti-hipertensivo ao deitar — desaparecimento da tontura em 3 semanas.

  2. Dor e inchaço com AINE diário: troca do anti-inflamatório de uso contínuo por estratégia analgésica mais segura + ajuste do anti-hipertensivo — o edema reduziu e a dor ficou controlada sem sonolência.Cada caso exige sequência, não decisões isoladas.


Na primeira consulta, organizo história clínica, lista de medicações e objetivos de cuidado. Entrego um plano escrito com o que manter, o que ajustar e o que iremos reduzir ao longo do tempo. Programo retornos em 30–60–90 dias para acompanhar sintomas, solicitar exames quando necessários e reavaliar resultados. Cuidar é simplificar com critério — menos, quando possível, e melhor, sempre.


Se você (ou um familiar) sente que os remédios estão pesando mais do que ajudando, podemos revisar com segurança e método. Entre em contato para organizar sua consulta particular com continuidade.



 
 

Cuidar com calma. Agir com precisão

Dra. Ariane Araújo Vieira • CRM/RS 40.286 • RQE 43.195

Especialista em Medicina de Família 

Atendimento em Porto Alegre e Região Metropolitana                       

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