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Exames não substituem condução clínica

  • Foto do escritor: arianearaujovieira
    arianearaujovieira
  • 23 de ago.
  • 2 min de leitura
Médica refletindo sobre a importância da condução clínica além dos exames.

Exames não substituem condução clínica


A medicina moderna avançou em tecnologia, mas corre o risco de perder o essencial: o raciocínio que integra cada dado à história do paciente.


Exames são ferramentas valiosas, mas isolados podem enganar — tanto no falso alívio de um resultado normal quanto na ansiedade de um número alterado fora de contexto.


O que observo com frequência é a inversão de papéis: consultas que deveriam organizar o quadro clínico se transformam apenas em pedidos de exames.


Em muitos atendimentos, o primeiro gesto do médico é pedir para ver os resultados — antes mesmo de ouvir a história ou examinar a pessoa.


Do outro lado, o paciente chega ansioso, colocando os exames à frente como se eles falassem por si, quando na verdade ainda não houve escuta nem avaliação clínica.


Nesse ciclo, acumulam-se laudos — não direção.


Onde esse problema aparece na prática:


– Pacientes que fazem exames anuais e, ao notar qualquer número alterado, entram em uma sequência de encaminhamentos desconexos.


– Quem já passou por diversos especialistas acumula resultados sem que ninguém assuma a responsabilidade de juntar as peças.


– Casos crônicos revisados apenas por relatórios, sem presença clínica contínua.

O resultado é o mesmo: dados fragmentados, ansiedade crescente e decisões tomadas de forma superficial.



O papel da condução clínica:


A consulta não existe para substituir o exame, mas para dar sentido a ele.


O exame só cumpre sua função quando integrado ao contexto: sintomas, histórico, medicações, trajetória de saúde.É a lógica médica — não o número em si — que define o próximo passo.


Ao recolocar os exames em seu devido lugar, a consulta resgata sua função original: escutar, examinar, organizar e conduzir.


É nesse processo que a tecnologia realmente se torna aliada, e não obstáculo.


Como eu trabalho:


Minha forma de conduzir cada caso parte dessa premissa: nenhum resultado isolado explica o paciente.


O exame é parte do caminho, mas não substitui a análise cuidadosa, a continuidade e o vínculo.


Sem pressa, sem protocolos automáticos — com clareza sobre cada decisão tomada.


Se esse é o cenário que você vive, estou disponível para conversar diretamente.



O objetivo é simples: organizar seu caso com calma e definir os próximos passos de forma segura.





 
 

Cuidar com calma. Agir com precisão

Dra. Ariane Araújo Vieira • CRM/RS 40.286 • RQE 43.195

Especialista em Medicina de Família 

Atendimento em Porto Alegre e Região Metropolitana                       

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