Médico que escuta: o cuidado começa na presença clínica
- arianearaujovieira
- 23 de ago.
- 1 min de leitura

Médico que escuta: quando o cuidado começa pela presença clínica
Um paciente chega relatando cansaço.
O médico anterior anota alguns exames num papel e encerra.
Outro paciente traz a mesma queixa. A conduta é diferente.
O olhar vai para o corpo, para o ritmo da fala, para o peso contido na narrativa.
Nenhuma dessas informações estava no papel — mas era ali que a história clínica começava a se formar.
Escutar, nesse cenário, não é apenas ouvir.
É sustentar o silêncio sem pressa, reconhecer padrões antes de preencher lacunas, e permitir que a lógica apareça antes da conclusão.
Quando isso falha, a conduta se apoia em frases soltas, achados isolados e exames genéricos.
Quando acontece, um caminho clínico real se revela.
Escutar não é um gesto complementar — é o início da conduta.
Não por empatia abstrata, mas por precisão clínica.
É com um médico que escuta que se desenha o caminho: o que investigar, o que aprofundar, o que sustentar como hipótese real.
Quando essa etapa falha, todo o resto se fragiliza —porque não houve base para pensar com clareza.
Se essa é uma realidade que você reconhece, estou disponível para conversar diretamente — com tempo, critério e presença clínica.


